Pizzi: médio-goleador da liga que uma vez foi transferência mais cara do Benfica

Nascido em Bragança, a 6 outubro de 1989, Pizzi iniciou sua carreira no GD Bragança, no terceiro escalão, em 2007. Um ano depois, ingressou no SC Braga da Primeira Liga, passando a maior parte do tempo emprestado e fazendo sua estreia no nível profissional no SC Covilhã, na Segunda Liga em 2009.

Títulos: 4 vezes campeão de Portugal (2014/15, 2015/16, 2016/17, 2018/19), 2 vezes vencedor da Taça da Liga de Portugal (2014/15, 2015/16), vencedor da Taça de Portugal (2017), vencedor da Liga Europa (2011/12), vencedor da UEFA Nations League (2019), 3 vezes vencedor da Supertaça de Portugal.

Alcunha por “culpa” de camisola do Barcelona

Pizzi sempre teve a ambição de ser jogador profissional. Após três anos na segunda liga, ele se juntou ao clube de primeira Paços de Ferreira e destacou-se após marcar três golos num empate por 3 a 3 com o FC Porto, que acabou sendo o único jogo em casa que os eventuais campeões não conseguiram vencer durante a temporada.

Como é que Luís Miguel se tornou em Pizzi? Essa alcunha apareceu ainda na infância dele. 

«O nome Pizzi surgiu quando era pequeno e jogava futebol com os amigos no bairro, com uma camisola do Barcelona. Na altura o Barcelona tinha um jogador chamado Pizzi que fazia golos. Eu também costumava marcar e ficou. Os meus amigos começaram a chamar-me Pizzi», frisou o jogador no programa ‘Você na TV’, na TVI.

Carreira na Espanha e transferência falhada para o Sporting

Em 2011, Pizzi se mudou para o Atlético Madrid, emprestado até o final do ano, após o qual o clube exerceu a opção de compra. Ele estreou na La Liga em 18 de setembro de 2011 e marcou seu único golo no Atlético na vitória por 3 a 2 sobre o Levante.

Na temporada 2012/13, o médio foi emprestado para o Deportivo da Corunha. E no final da época teve proposta dos leões. Sporting quis contratar Pizzi por empréstimo, mas o salário do jogador, que auferiu naquela altura cerca de 1 milhão de euros limpos no Atlético foi um principal entrave. O jogador viu com bons olhos a possibilidade de jogar em Alvalade, mas a transferência nunca aconteceu. 

Em 26 de julho de 2013, Pizzi assinou um contrato de seis anos com o principal rival dos leões, SL Benfica, que pagou € 6 milhões pela metade de seus direitos económicos. 

Transferência mais cara da história do Benfica

Depois de dois bons anos na equipa, Benfica decidiu comprar os restantes 50% dos direitos económicos do Pizzi. Com a aquisição do resto do passe do médio internacional português, este passou a significar um custo total de 14 milhões de euros ao Benfica. Naquela altura, em 2015, o valor desta transação entrou diretamente no top-5 das maiores transferências feitas por clubes nacionais.

Desde então Pizzi jogou um pouco menos de 300 partidas pelas águias e marcou 76 golos, viu o salário melhorado até quase 2 milhões de euros e a cláusula de rescisão até 45 milhões. Pizzi não é o mais bem-pago no plantel, mas é o líder da equipa que nos últimos anos ganhou tudo em Portugal. 

A dois golos do recorde europeu de Bruno Fernandes

Na temporada a decorrer, Pizzi ainda persegue o recorde que pertence a outro medio português Bruno Fernandes. Pizzi já está no primeiro lugar na lista de melhores marcadores da Liga.

A uma jornada do final do campeonato, o jogador dos encarnados soma 18 golos, mais um do que o colega de equipa Vinícius e do que Paulinho (Sp. Braga). Se conseguir ficar nessa posição, Pizzi torna-se no primeiro médio na história a ser o melhor marcador do campeonato português.

Além disso, o jogador persegue ainda outro recorde, pertencente a Bruno Fernandes. O ex-médio do Sporting tornou-se na temporada passada no médio com mais golos numa só época na Europa, com 32. Nesta altura, Pizzi tem 30, e resta a ele um jogo para ultrapassar essa marca.