Ederson: terceiro guarda-redes mais bem pago do mundo

Nascido em Osasco, o interior de São Paulo, a 17 de agosto de 1993, Ederson iniciou a carreira do jogador em 2008 no clube local, o São Paulo, onde jogou por uma época, antes de se transferir para o Benfica, clube português. Aos 16 anos, ele passou dois anos como júnior, saindo para Ribeirão, da Segunda Divisão, em 2011. Um ano depois, ele se juntou ao Rio Ave, da Primeira Liga. No verão de 2012, ele assinou um contrato com o clube.

Títulos: vencedor da Copa América (2018/19), 2 vezes campeão da Inglaterra (2018, 2019), vencedor da Taça de Inglaterra (2019), 3 vezes vencedor da Taça de Liga de Inglaterra (2018, 2019, 2020), 2 vezes vencedor da Supertaça de Inglaterra (2019, 2020), 2 vezes campeão de Portugal (2015/16, 2016/17), vencedor da Taça de Portugal (2017), vencedor da Taça da Liga de Portugal (2015/16), vencedor da Supertaça de Portugal (2017).

De família muito pobre e com alcunha “Gordo” 

Ederson começou a jogar futebol na sua cidade de Osasco aos 9 anos. E naquela altura nem pensou em ser guarda-redes, queria jogar em campo. 

“Não quero ser goleiro, professor, de novo não. Não gosto. Quero jogar no meu lugar, do lado esquerdo”, lembra as palavras do Ederson Gilberto Lopes, foi ele quem descobriu o jogador no estado de São Paulo. Gilberto viu um talento em Ederson que estava escondido. «Ele era um menino muito magro, muito magro. Por isso começaram a brincar com ele e chamar de Gordo. Ele acertava muito a bola, mas tecnicamente não era muito bom. Foi difícil para ele voltar quando subiu, parecia que era preciso chamar um táxi. Por isso resolvi colocá-lo como guarda-redes. Ele não queria, mas logo provou que ia ser um sucesso», lembra Giba na entrevista ao jornal espanhol Marca. De acordo com outras publicações, Ederson também teve alcunha de ‘Touro’, pois futebol sempre foi seu pano vermelho e a coisa que ele mais amava fazer foi jogar. 

Os pais trouxeram-no para a escolinha porque o irmão dele já jogava lá. A família do Ederson era muito pobre e morava na região com casas onde muitas não tinham telhado. O pai dele distribuiu caixinhas de frutas.  Ederson conseguiu ingressar na academia juvenil do São Paulo e como todos os guarda-redes brasileiros de lá, quando crescesse queria ser como Rogério Ceni. E graças as suas habilidades na baliza e olheiros do Benfica já com 16 anos de idade ele se mudou para Portugal. 

No futebol europeu aso 16 anos

Um dia, um olheiro que trabalaha para empresário Jorge Mendes entrou em contacto com Gilberto Lopes. Ele já tinha falado com os pais de Ederson e veio com uma proposta do Benfica. Mas os portugueses queriam primeiro fazer-lhe uma prova. Perguntou-me se o rapaz não o faria de bobo. Os dois encontraram-se com Ederson, ele logo mostrou sua qualidade.

O Benfica comprou o seu passe, mas emprestou-o a vários clubes. Parou primeiro no Ribeirão, na Terceira Divisão, e depois no Rio Ave, já na Primeira Divisão. Em ambos, lembre-se, ele apenas tocou a bola com os pés para eliminá-la. Suas equipas defenderam tanto que ele mal conseguia sair da área. Porém, com suas defesas, ele estava atraindo a atenção de vários clubes. Em 2015 Benfica o repatriou para a equipa principal. Lá Ederson se tornou melhor guarda-redes de campeonato e ganhou todos os títulos nacionais. As boas atuações pelo Benfica na temporada 2016-17 lhe renderam a primeira chance na Seleção Brasileira em março de 2017.

35 milhões de euros do Manchester City, recorde Guinness e tatuagens 

Bastaram algumas temporadas no Benfica, como guarda-redes libero em esquema ofensivo. Guardiola viu em Ederson a agulha necessária para começar a tecer suas redes de passe da melhor maneira. O Manchester City pagou 35 milhões de euros por sua transferência. Naquela altura ele foi o goleiro mais caro da história do campeonato inglês e o segundo do mundo, depois de Buffon quando chegou à Juventus. Mais tarde Ederson passou a ser terceiro guarda-redes mais bem pago do mundo após a renovação de contrato. 

Sua identificação com a equipa de Pep foi imediata. O brasileiro se firmou como titular com rapidez e sem complicações. “Nossa abordagem ao futebol é futebol para se divertir. É um estilo de jogo que você gosta de jogar e assistir ”, diz ele.

E o que mais entusiasma Pep no jogo de Ederson com os pés? “Guardiola me contou como a equipa jogou. Ele me falou sobre a importância de jogar por baixo, mas também sobre os passes do meio e que comigo ele poderia fazer passes longos para que nosso jogo fosse mais completo ”, destaca.

A força e a precisão de Ederson começaram a aparecer quando, felizmente, marcou um golo de baliza a baliza a jogar pelos sub-19 do Benfica.  O poder canhoto de Ederson se destacou desde muito jovem. «Foi o melhor que tinha, sem dúvida. Ele marcou golos mesmo quando o colocamos como guarda-redes», explica Giba. Aquela perna esquerda poderosa está registada no livro do Guinness. Em maio de 2018, Adam Brown apareceu no centro de treinos do City como adjunto do Guinness World Records. Ederson teve três tentativas para conseguir um remate além dos 75 metros. Com Kyle Walker, Raheem Sterling e Phil Foden como torcedores, ele mandou a bola 35 centímetros além do necessário. Em sua casa ele tem a placa da Guinness que atesta isso.

Outro facto curioso são as tatuagens. O corpo de Ederson é um álbum de tatuagem. São mais de 30 que percorrem a pele, do pescoço aos tornozelos. Através deles a sua vida é percorrida: memórias de família, imagens religiosas e mensagens, a águia do seu querido Benfica agarrando numa bola, o troféu da Liga Portuguesa, 1993 — o ano em que nasceu corre atrás de seu pescoço… Seu desejo é fazer tatuagem apos vencer a Liga dos Campeões.

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