O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, realizou uma entrevista coletiva nesta terça-feira para discutir diversos assuntos relacionados ao clube.
Um dos principais tópicos abordados foi a visão do mandatário sobre a utilização de gramados sintéticos. Bittencourt reforçou sua posição contrária a esse tipo de superfície, apontando que o jogo de futebol sempre foi jogado em grama natural e que os campos sintéticos alteram a dinâmica da partida.
O presidente ressaltou que existem estudos que defendem ambos os lados, mas ele defende o princípio do jogo e acredita que o gramado sintético deixa o jogador mais lento, a bola prende mais e o quique é diferente e rápido. Além disso, Bittencourt destacou que os jogadores têm relatado dificuldades ao se adaptarem ao campo sintético, inclusive com casos de lesões.
Ele também levantou o fato de que times que não possuem campos sintéticos muitas vezes precisam poupar seus jogadores ao enfrentar equipes que possuem esse tipo de gramado. Isso pode afetar desportivamente o campeonato e o próprio clube, criando uma possível vantagem para os times com campos sintéticos.
Mário Bittencourt também contextualizou a questão financeira, mencionando que mudar a superfície para gramado sintético pode afetar os resultados esportivos e o próprio clube. Ele citou casos em que times que trocaram seus gramados para confrontos específicos acabaram sendo derrotados, além de renomados jogadores como Messi, que possuem restrições contratuais para jogar em campos sintéticos.
O presidente do Fluminense salientou que a maioria dos clubes da Série A é contra o uso de gramados sintéticos. Ele mencionou que diversas ligas ao redor do mundo, como a inglesa e a holandesa, proibiram o uso desse tipo de superfície. A Fifa também não realiza jogos de Copa em campos sintéticos.
Bittencourt concluiu a entrevista afirmando que essa é uma questão que deve ser discutida de forma coletiva entre os clubes e que, caso seja proibido o uso de gramados sintéticos, as equipes que possuem devem ter tempo para realizar as mudanças necessárias em seus campos.